Nos momentos difíceis dizemos presente; agora projetamos o futuro
Em Portugal e em todo o mundo, temos vivido uma situação extraordinária que fez emergir respostas educativas totalmente novas e que nunca tinham sido imaginadas. À surpresa das novas circunstâncias impostas pela pandemia teve de se associar a capacidade para, de um dia para o outro, alterar rotinas e experimentar novas formas de organização da sociedade e do processo de ensino-aprendizagem.
Neste contexto, os educadores e professores portugueses foram inexcedíveis no trabalho que desenvolveram, procurando colmatar as enormes insuficiências tantas vezes sublinhadas de um sistema de educação e formação no qual tão pouco se tem investido ao longo de tantos e tantos anos.
Mas foi pela ação direta dos educadores e professores portugueses que milhares de alunos não perderam a ligação às suas escolas e ao desenvolvimento dos conteúdos programáticos.
É certo que esse esforço não foi suficiente para impedir que muitos alunos tenham sentido de um modo extraordinário os efeitos negativos da ausência da escola, dos seus professores e dos seus colegas.
Mas o que ninguém nega é a extraordinária dimensão do esforço desenvolvido.
Foi assim que nestes momentos tão exigentes, também os educadores e professores portugueses disseram presente.
Muita gente e muitos políticos reconheceram esse enorme esforço e essa enorme mobilização.
Mas agora é preciso que esse reconhecimento se traduza na valorização destes trabalhadores.
É preciso que a precariedade seja substituída pela estabilidade.
É preciso que os jovens tenham direito a uma perspetiva de emprego estável.
É preciso que se assegure um regular desenvolvimento das carreiras que reconheça o trabalho que é desenvolvido com empenho.
É preciso que a aposentação seja atingida em tempo e em condições que permitam a vida com dignidade àqueles e àquelas que se entregaram com empenho às suas profissões.
É preciso que se respeitem os limites do tempo de trabalho e que se promova realmente a conciliação do tempo de vida profissional com o respeito pela vida pessoal e familiar.
É preciso que o sistema de educação e formação assegure a equidade no acesso à educação e à formação e no sucesso dos percursos escolares.
É preciso desenhar um horizonte de justiça e de respeito para o futuro de todos nós que substitua o desalento que a sucessão de políticas erradas tem instalado entre todos nós.
Foi este o papel de três documentos que o Secretariado Nacional da FNE aprovou no passado dia 8 de setembro e que constituem manifestos que publicamente exprimem os projetos que apresentamos para a valorização da carreira dos educadores e professores portugueses.
É por isso que neste 5 de outubro de 2020, Dia Mundial do Professor, a Federação Nacional da Educação – FNE – afirma que este também tem de ser tempo de esperança num futuro melhor, não só em termos de saúde, como em termos de vida profissional.
Nos tempos difíceis dissemos presente! Agora projetamos um futuro de valorização!
Nós não desistimos de o construir. E só juntos é que o conseguiremos fazer. Só com os nossos Sindicatos fortes e ativos é que poderemos fazê-lo. Só seremos capazes de construir propostas e atingir objetivos se estivermos juntos, na defesa das nossas propostas e nas ações que forem necessárias para as atingirmos. Por isso, vamos fazer ainda mais fortes os nossos sindicatos, para que, juntos, mais fortes, cheguemos aos nossos horizontes.
Viva o Dia Mundial do Professor!
5-10-2020
João Dias da Silva no Dia Mundial do Professor: "Nos momentos difíceis dizemos presente; agora projetamos o futuro"
Nos momentos difíceis dizemos presente; agora projetamos o futuro
Em Portugal e em todo o mundo, temos vivido uma situação extraordinária que fez emergir respostas educativas totalmente novas e que nunca tinham sido imaginadas. À surpresa das novas circunstâncias impostas pela pandemia teve de se associar a capacidade para, de um dia para o outro, alterar rotinas e experimentar novas formas de organização da sociedade e do processo de ensino-aprendizagem.
Neste contexto, os educadores e professores portugueses foram inexcedíveis no trabalho que desenvolveram, procurando colmatar as enormes insuficiências tantas vezes sublinhadas de um sistema de educação e formação no qual tão pouco se tem investido ao longo de tantos e tantos anos.
Mas foi pela ação direta dos educadores e professores portugueses que milhares de alunos não perderam a ligação às suas escolas e ao desenvolvimento dos conteúdos programáticos.
É certo que esse esforço não foi suficiente para impedir que muitos alunos tenham sentido de um modo extraordinário os efeitos negativos da ausência da escola, dos seus professores e dos seus colegas.
Mas o que ninguém nega é a extraordinária dimensão do esforço desenvolvido.
Foi assim que nestes momentos tão exigentes, também os educadores e professores portugueses disseram presente.
Muita gente e muitos políticos reconheceram esse enorme esforço e essa enorme mobilização.
Mas agora é preciso que esse reconhecimento se traduza na valorização destes trabalhadores.
É preciso que a precariedade seja substituída pela estabilidade.
É preciso que os jovens tenham direito a uma perspetiva de emprego estável.
É preciso que se assegure um regular desenvolvimento das carreiras que reconheça o trabalho que é desenvolvido com empenho.
É preciso que a aposentação seja atingida em tempo e em condições que permitam a vida com dignidade àqueles e àquelas que se entregaram com empenho às suas profissões.
É preciso que se respeitem os limites do tempo de trabalho e que se promova realmente a conciliação do tempo de vida profissional com o respeito pela vida pessoal e familiar.
É preciso que o sistema de educação e formação assegure a equidade no acesso à educação e à formação e no sucesso dos percursos escolares.
É preciso desenhar um horizonte de justiça e de respeito para o futuro de todos nós que substitua o desalento que a sucessão de políticas erradas tem instalado entre todos nós.
Foi este o papel de três documentos que o Secretariado Nacional da FNE aprovou no passado dia 8 de setembro e que constituem manifestos que publicamente exprimem os projetos que apresentamos para a valorização da carreira dos educadores e professores portugueses.
É por isso que neste 5 de outubro de 2020, Dia Mundial do Professor, a Federação Nacional da Educação – FNE – afirma que este também tem de ser tempo de esperança num futuro melhor, não só em termos de saúde, como em termos de vida profissional.
Nos tempos difíceis dissemos presente! Agora projetamos um futuro de valorização!
Nós não desistimos de o construir. E só juntos é que o conseguiremos fazer. Só com os nossos Sindicatos fortes e ativos é que poderemos fazê-lo. Só seremos capazes de construir propostas e atingir objetivos se estivermos juntos, na defesa das nossas propostas e nas ações que forem necessárias para as atingirmos. Por isso, vamos fazer ainda mais fortes os nossos sindicatos, para que, juntos, mais fortes, cheguemos aos nossos horizontes.
Viva o Dia Mundial do Professor!